Não me recordo qual foi a primeira vez que ouvi sobre os contextos na perspectiva de proposições na educação infantil, mas de repente eles invadiram as redes sociais. Tenho acompanhado publicações sobre os contextos de aprendizagem ou de investigação e as perguntas que rondam esse tema são: qual a diferença entre eles? Afinal, o que são? Fiz cursos, pesquisei referências e dialoguei com minha própria prática para chegar no que trago aqui. Porém, é uma breve reflexão que está em processo e reflete o meu entendimento atual sobre o assunto, minhas escolhas e concepções.

O interesse neste assunto partiu da curiosidade e inquietude em entender melhor essa prática, me senti provocada em indagar o meu fazer: o que ofereço as crianças seria um contexto de investigação? Uma sessão? Um território? Um ateliê? Fiquei incomodada com a possibilidade dos contextos de investigação estarem vinculados apenas a esse tipo de proposta organizada como nas fotos abaixo. Minha base é a cultura do ateliê que considera a escola inteira como espaço de pesquisa, investigação e criação. Tem a estética como um valor importante e um olhar integrado para as aprendizagens.

Não sou contra os “contextos de investigação”, só acho que a forma como tem sido disseminada não reflete as concepções que acredito, eu mesma faço propostas como os registros abaixo, mas com outra perspectiva. Também prefiro contextos simples e equilibrados sem super produções ou excessos de estímulos visuais, sou básica.