Penso que todos os bebês e as crianças deveriam ter a oportunidade de viver um Ateliê em suas escolas, tanto um espaço físico que acolhe as explorações e o brincar, provoca investigações e nutre o senso estético, quanto a escola toda como um espaço de pesquisa, criação e experimentação para viver infâncias potentes por meio de múltiplas linguagens. Poderia começar a prática com a organização de um espaço físico para montar um Ateliê e depois levar esse ‘estado de ateliê’ para toda a escola: com muita curiosidade, corpos ativos e envolvidos em criar soluções para suas ideias; em relação com adultos, crianças, materiais e natureza.


A concepção de Ateliê que compartilho aqui não é uma sala de artes, onde cada criança senta no seu lugar e o professor direciona a proposta, todos fazem igual e ao mesmo tempo. Vamos transgredir essa prática tradicional e nos aproximar de laboratórios expressivos e criativos com as linguagens entrelaçadas, sem fragmentação. Crianças aprendendo com o corpo todo em ação, todos os sentidos, diversas possibilidades e ludicidade. Não há mais atividades de artes e sim proposições onde são os bebês e as crianças que dão sentido para as experiências.